Madeira de demolição hoje em dia é super cotado para decoração de ambientes, pois alem de ser ecologicamente correto, tem um ar rustico e sofisticado ao mesmo tempo.
Mas para comprar esse moveis é preciso saber como escolhe-los, por isso fui em busca de informações para vocês e achei essas dicas no site da casa abril.
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Compra segura
Nesse cenário, é preciso atenção para não ser enganado e levar gato por lebre. Segundo Elias da Rosa, proprietário da Natufloor, de São Paulo, peças originais possuem furos de pregos, ranhuras inconstantes e bitolas diferentes. Por isso, é mais seguro adquirir o material antigo ou novo de empresas que respondem pelo revestimento e também pelo preparo, instalação e assistência técnica. Quem preferir arrematar o lote fechado de depósitos e demolições deve ter em conta uma perda de entre 15 e 30% (peças deterioradas, que acabam inutilizadas). Além disso, é preciso contar com um marceneiro de confiança, já que a instalação desse tipo de piso requer grande habilidade.
Segundo o arquiteto paulista Fabio Levi, a madeira mais comum em demolições é a peroba-rosa de velhos pisos ou vigamentos. Estes últimos oferecem comprimento e bitolas maiores - e por isso mesmo costumam custar caro. Na percepção do arquiteto Gustavo Dias, especialista na renovação de construções históricas de Tiradentes, MG, a peroba é artigo escasso; o cedro, raríssimo. Ele trabalha usualmente com canela-parda e canela-preta. E, assim como outros profissionais, prefere repetir a função inicial: assoalho segue assoalho, viga continua viga. "Os pisos antigos são gastos de uma maneira própria, cuja beleza é difícil de reproduzir", justifica. Vale lembrar que nesse mercado não existem apenas peças centenárias e espécies raras. Depósitos e casas em demolição também dispõem de madeiras extraídas mais recentemente, caso do ipê.
Tudo começa pela limpeza (feita preferencialmente com máquinas de água e alta pressão, em vez de substâncias químicas corrosivas, que podem danificar a madeira). Uma vez secas, as réguas precisam ser aplainadas para ficar com a mesma espessura. Há quem utilize apenas a face desgastada pelo tempo. Outra opção é aproveitar também o lado liso para evitar perdas. Só então as peças são cortadas na lateral para ganhar encaixes do tipo macho e fêmea (o mais comum) ou empena (espécie de chanfrado). Se planejadas como junta seca, elas ficarão lado a lado, sem encaixes - de efeito mais rústico. Nesse caso, costuma-se dispensar posteriormente a massa de calafetação (aplicada no encontro das réguas) e adotar cera no acabamento. Todas essas tarefas cabem ao fornecedor do material, ao depósito ou ainda ao marceneiro e são feitas numa oficina. "Retiro os pregos e tampo os buraquinhos o mínimo possível, com massa F12 , para não alterar as características da madeira", diz Getúlio José dos Santos, da Antigão Demolições, de São Paulo. Ele também tinge ou mantém restos de tinta, de acordo com o gosto do cliente. Se necessário, faz-se ainda a descupinização preventiva - embora espécies como peroba-rosa, ipê, canela e jatobá sejam naturalmente resistentes.
O contrapiso precisa estar totalmente seco - no mínimo, 25 dias - e nivelado. "A umidade mancha a madeira", alerta Elias da Rosa. Em nome da praticidade, cada vez mais usa-se cola do tipo PU ou epóxi para fixar as tábuas. Peças longas, de 2 a 5 m, pedem também bucha e parafusos de aço (além de cavilhas, acabamento que oculta a cabeça do parafuso). O piso pode ainda ser pregado sobre barrotes (base de madeira chumbada no contrapiso). Segundo o arquiteto Fabio Levi, esse é o método mais seguro e estável. "Mas o ambiente precisa acomodar 3 a 5 cm extras de espessura do piso, o que é raro em apartamentos", alerta. Outra dica: como a madeira de lotes diferentes costuma apresentar variação de cor e medidas - ou mesmo de espécies -, é importante planejar a disposição das réguas no ambiente a fim de evitar zonas mais claras ou escuras. "E, quanto às emendas no comprimento das réguas, estude pontos discretos no ambiente para fazê-las, pois ficam feias se concentradas", ensina o marceneiro José Antônio Frausto, da Wood Floor.
Para proteger a madeira, os profissionais indicam resina à base de água (do tipo Bona, Synteko Vitta, Skania). A opção prescinde do toque aveludado da cera, mas em compensação é inodora e não mancha em contato com água. Além disso, dispensa a enceradeira mensalmente. A versão fosca é a que menos altera o aspecto natural da madeira. E não se esqueça: "Pisos com sulcos fundos não são práticos onde vivem crianças e cães", diz Elias.
Confira a seguir empresas que comercializam piso de madeira de demolição, indicadas por arquitetos de nove estados brasileiros.
São Paulo
- Hydrotech - tel. (11) 3832-1924, São Paulo.
- Lauro Murakami - tel. (11) 3097-9812, São Paulo.
- O Relicário Antiguidades - tel. (11) 4412-4644, Atibaia.
- Velho Brasil - tel. (11) 3894-5700, São Paulo.
Rio de Janeiro - Aroeira - tel. (11) 2513-1648, Rio de Janeiro.
- Arte Oficina Móveis e Madeira de Demolição - tel. (21) 2512-9704, Rio de Janeiro.
- Galo Vermelho - tel. (24) 2222-5090, Itaipava.
- Rio Novo Demolições - tel. (21) 2293-3395, Rio de Janeiro.
Minas Gerais - Atelier Isaura Kallas - tel. (31) 3541-6038, Nova Lima.
- Francisco Rodrigues Antiguidades - tel. (32) 3355-1216, Tiradentes.
- Gustavo Dias - tel. (32) 3355-1702, Tiradentes.
- Hermes Ebanesteria - tel. (31) 3435-1455, Belo Horizonte.
- Lisboa Demolições - tel. (31) 3494-6240, Belo Horizonte.
Espírito Santo
- Canto Encanto - tel. (27) 3235-9681, Vitória.
- Solar de Maria Demolições - tel. (27) 3227-9793, Vitória.
- Zuccolotto Marcenaria - tel. (27) 3339-7645, Vila Velha.
Bahia - Armazém de Época - tel. (71) 3334-4425, Salvador.
- Garimpo do Brasil - tel. (71) 3379-8033, Salvador.
- Nino Nogueira Decor - tel. (71) 3334-6760, Salvador.
Pernambuco - All Revest - tel. (81) 3326-5744, Recife.
- Marconi Chaves - tel. (81) 9971-1242, Recife.
- Olinto Madeira Ecológica - tel. (81) 3075-3000, Recife.
Paraná
- Arara Azul Móveis - tel. (43) 3251-0123, Cambé.
- Guaraúna - tel. (41) 3274-2814, Curitiba.
- Regina Klass Movelaria de Demolição - tel. (41) 3015-3830, Curitiba.
Santa Catarina - Mercatto - tel. (48) 3224-6652, Florianópolis.
- Pau Canela - tel. (48) 3338-2328, Florianópolis.
- Usina das Artes - tel. (48) 3235-2422, Florianópolis.
Rio Grande do Sul - Antiquário Terra Brasil - tel. (51) 3226-1686, Porto Alegre.
- Espaço do Piso - tel. (51) 3330-3063, Porto Alegre.
- Forster Pisos de Madeira - tel. (51) 3028-0947, Porto Alegre.
- Luiza Pilau Estudio de Revestimento - tel. (51) 3222-0183, Porto Alegre.
* Preços pesquisados em agosto de 2010. Os valores de instalação citados são referentes à cidade de São Paulo.
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